Atento ao contexto atual da disseminação da gripe A (gripe suína), o físico e professor da Universidade Federal do Ceará, Harbans Lal Arora crê ser muito importante, antes de mais nada, um esclarecimento maior da população para o fortalecimento de suas defesas naturais.
Arora atua há quase duas décadas com a meditação, visualização ativa e outras ferramentas da ciência do Yoga, uma disciplina milenar de seu país de origem, a Índia, no sentido de favorecer a consciência dos aspectos saudáveis do ser como um todo (inicialmente, em pacientes com câncer e portadores do vírus da Aids). Para isso, observa ser fundamental manter a calma e a consciência desperta, para não se deixar levar por impressões de medo e ansiedade.
Sem confronto direto
Autor de "Terapias Quânticas, Cuidando do Ser Inteiro" (Editora Qualitymark), prof. Harbans Arora computa mais de 300 atendimentos bem sucedidos com pacientes soropositivos, os quais conseguiram reduzir significativamente sua carga viral com as técnicas que ele desenvolveu ao longo dos anos, com base no Yoga.
"Em nossos estudos, que tem base científica, constatamos que vírus e bactérias se disseminam e multiplicam rapidamente em um ambiente ácido. Quando o sangue se mantém ácido, torna-se convidativo para os microrganismos".
Arora parte do princípio de que tudo o que a mente confronta acaba criando maior resistência. Neste caso, não sugere nem brigar nem tentar "matar" os vírus e bactérias que causam as doenças tão temidas, porque com isso estará se combatendo o próprio organismo, uma vez que esta "guerra" se processa internamente. De modo contrário, o mais indicado a fazer é atuar no sentido de modificar o ambiente onde o vírus ganha força e se propaga, ou seja, o ambiente com pH abaixo de 7,0.
Não somente os ataques virais se alojam em um sangue ácido, observa. Qualquer doença quando se instala leva o pH a baixar muito rapidamente. O organismo, desta forma, já se encontrava em estresse e necessita de cuidados adequados para recuperar seu equilíbrio.
Alguns aspectos são destacados pelo físico quântico, que atua junto com profissionais de saúde (médicos e psicólogos) tanto para a prevenção como no tratamento da gripe suína e de qualquer outro problema. O primeiro é a alimentação, seguido da ingestão de água (de boa qualidade); manejo das emoções é o terceiro ponto e, finalmente, a respiração. Com esses quatro elementos qualquer estado patológico, por mais grave que seja, tem total condição de ser reequilibrado e harmonizado.
Respiração e sono
A ingestão de bons alimentos, água e sucos são também indicações dos médicos para a recuperação da saúde. Dr. Alberto Peribanez Gonzalez, médico sanitarista em São Paulo e especialista em alimentação viva, sinaliza que, no tocante à gripe suína, uma verdadeira tempestade de substâncias ocorre no nível dos pulmões, o que pode provocar lesões da mucosa e submucosa pulmonar e levar a uma falência respiratória grave, sendo esta a principal sequela da gripe A.
Não existe um remédio similar aos contidos nos alimentos vivos e só a natureza pode garantir estes elementos na sua forma mais eficiente, garante Dr. Peribanez, que faz outras sugestões: "Devemos ter um sono mais adequado e em horário que o sistema imune se reestruture. Gente da noite tem imunidade mais restrita. Entre 22h até às 4 da manhã é o horário mais estruturante do sistema imune. Seis a oito horas pode também fazer parte da linha de defesa".
O sanitarista sugere, ainda, exposição solar adequada: 20 minutos pela manhã, repetindo a "dose" no horário central do dia e no crepúsculo. Estas diferentes ondas de irradiação solar, diz, trabalham a favor do sistema neuroendócrino, melhorando todas as funções e aumentando a imunidade. "É absurdo, mas em um país solar muita gente viver em iluminação artificial durante todo o dia".
A médica acupunturista Fátima Uchoa mostra que o confinamento é nocivo tanto para seres humanos quanto aos animais. O ambiente arejado e com iluminação natural propicia até a germinação de sementes, para alimentação, dentro de apartamentos, como ela mesma faz. Sua cozinheira há 10 anos, Geilma Silva, tanto aprendeu as receitas com os alimentos vivos e orgânicos para a médica como propaga essa conduta dentro de sua própria casa, com os três filhos e o marido, Pedro, que rapidamente reverteu um quadro de pré-diabetes com a alimentação preparada pela esposa.
Alimentos e emoções
- Alimentos alcalinizantes: frutas frescas, legumes, hortaliças (de preferência, orgânicos, alho, cebola, salsa, abóbora, batata doce, brócolis, couve, alface, maçã, melão, kiwi, uva, mamão, laranja, limão, chá de ervas, etc).
- Alimentos acidificantes: açúcar branco, farinha branca, carnes (vermelha e de porco), frituras, embutidos, refrigerantes e bebidas gasosas, café, queijo e derivados.
Fonte: Prof. Harbans Arora
A opinião da especialista
Dra. Lúcia Maranhão
Fonte: http://www.diariodonordeste.globo.com/